domingo, 31 de maio de 2009

PARA REFLETIR:

Prefiro fracassar em algo que gosto de fazer a ser bem- sucedido em algo que detesto.

George Burns
RUMO CERTO
Allison S. Ambrósio

SINTO PRAZER AO PERCEBER
QUE SOU NOTADO POR VOCÊ
SEU INTERESSE EM ORIENTAR O MEU DESTINO
SINTO ALEGRIA EM CONSTATAR
A SUA VOZ A ME GUIAR
TAL PAI QUE LEVA PELA MÃO
A SEU MENINO

SINTO PRAZER AO PERCEBER
SUA PRESENÇA AO MEU REDOR
NO ACOLHIMENTO DA MANHÃ QUE ME DESPERTA
CELEBRO O TEMPO DE VIVER
POIS SEMPRE QUE EU TE PROCURAR
É CERTO QUE VOU ENCONTRAR
A PORTA ABERTA

SINTO PRAZER EM TE OUVIR
NO ACORDAR OU NO DORMIR
E AO DESPERTAR NOTANDO QUE VOCÊ ESTÁ PERTO
E MESMO SEM EU CONHECER
O QUE ME ESPERA LOGO ALI
SEI QUE O MEU DEUS VAI ME GUIAR
NO RUMO CERTO

sábado, 30 de maio de 2009

LUZES E SOMBRAS
Allison S. Ambrósio


De que adianta você se aproximar de mim por medo
Se de outro jeito eu não teria o seu temor
Acho melhor você saber logo o segredo
Deixa todo medo quem vive um verdadeiro amor
Não quero ter uma relação utilitária
Em que o esforço visa só agregar valor
Um toma-lá-dá-cá, situação tão temerária
Posto de troca e não servo e Senhor

Estou buscando alguém de verdade
Que consciente em sua limitação
E enquanto luta por integridade
Quer agradar-me com adoração
Trava uma luta entre luzes e sombras
E não esconde seu lado ruim
Mas me conhece e percebe que o meu amor
É algo que vale sentir de mim
É algo que vale querer de mim
É algo que vale buscar...
Em mim!
(escrito em Natal-RN, em 26/10/2008)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

REDESCOBRINDO A AMÉRICA!

Foi uma experiência prá lá de edificante, minha viagem para os Estados Unidos da América. Cumpri uma agenda cheia de apresentações variadas, conheci novas pessoas e tive muitas alegrias. Fui carinhosamente recebido por onde passei e me diverti bastante nesses lugares. Sou grato ao Senhor por me permitir viver esses momentos de grande prazer e felicidade. Li recentemente que felicidade não é fruto de grandes momentos emocionantes da vida, e sim dos milhares de pequenos momentos aos quais damos significado.
Foi o que ocorreu comigo. Desde a chegada à casa do Manoel e Ana Oliveira, anfitriões acima de qualquer média que se pudesse estabelecer para atenção, cuidado, diligência e carinho, além da companhia sempre bem humorada da Sara e do Pedro, filhos deles, nossa viagem para as montanhas de New Hampshyre,onde aconteceu o primeiro compromisso na América – o retiro de todo o ministério de artes da New Life Presbiterian Church.

Ao retornarmos de lá, já no domingo estávamos todos juntos para uma grande celebração no suntuoso templo da New Life, no centro de Framingham. Muita música, muita alegria e emoção, na celebração que se pode desfrutar entre amigos sinceros e irmãos de verdade. Depois, a maratona de programas de rádio: Maraberto, com o Robertinho e a Mara Rúbia. Foi delicioso! Conversamos sobre canções e grupos antigos e a necessidade de se aumentar a qualidade técnica das canções e o nível das poesias. Depois, Pare e Pense, com o Pastor Manoel de Oliveira e Cia. Discutimos sobre os conteúdos pobres da música evangélica atual.

Quarta-feira estive em Cambridge, na Christ The King Presbiterian Church, uma igreja fundada por alunos brasileiros e americanos de Harvard, a famosa universidade a duas quadras dali. Foi uma noite memorável com Naamã Mendes e Juliano Soccio. Cantei acompanhado de violão Ovation 12 cordas, harmônica e guitarras. Ao final, um paozinho de queijo com café-com-leite, para confirmar a hegemonia mineira da comunidade brasileira no solo norte americano.
Quinta-feira foi o tempo de lançar-mos base para vários projetos que queremos ver acontecer nos Estados Unidos: livros infantis, CDs de cânticos congregacionais, de reflexões , de salmos, livros sobre temas como dignidade, organização pessoal, shows e mostras culturais. Ufa! Haja energia e expectativa para tudo o que sonhamos!
Sexta-feira iniciei o congresso de jovens da Igreja Vida, em Medford. Salmon e Milene estão a frente daquela comunidade dinâmica e cheia de energia. Luiz e Quésia, líderes dos jovens é que estavam à frente do evento, que me marcou por várias razões diferentes, entre elas, a apresentação de um grupo vocal maravilhoso chamado “One in Christ”, liderado por Grace Kely, uma cantora excelente e flautista com formação na Bekerley, uma das mais importantes escolas de musica nos Estados Unidos. Foram momentos de puro êxtase e alegria.

Domingo pela manhã estive em Malboro, com José Antonio e Andréia. Com uma viola 12 cordas e dezenas de nostálgicos cantores de hinos anitgos, foram quase duas horas de canções regadas por um choro saudoso de tempos que não voltam mais. Era até engraçado ver alguns homens que deixavam rolar copiosas lágrimas dos olhos, recebendo o consolo e o ombro parceiro de suas esposas igualmente emocionadas. Amei muito viver aquele momento!

À noite, de volta a Medford houve o encerramento do congresso. Verdadeira festa! Cancções agitadas e alegres, apresentações bem preparadas e uma atmosfera de puro louvor. Comunhão, testemunhos e novos amigos marcaram esse tempo precioso. Foi uma viagem que não conseguirei esquecer!

Segunda-feira foi o momento de organizar as coisas e levantar acampamento rumo à minha terra, minha casa e minha família. Agora é só refletir sobre tudo o que aprendi, compartilhar com os amigos as experiências que tive ecelebrar o fato de que consegui acrescentar à minha história centenas de novos momentos felizes!
COMO É RUIM NÃO COMPREENDER AS PESSOAS!

Cheguei às 17:40hs no aeroporto Dulles, em Washington. Ao sair da aeronave procurei um lugar tranqüilo para me sentar e avaliar a viagem até aqui. Criei um início de tensão, ao permitir que a entrevista feita por Mara Rúbia, da Maraberto Publicity para o meu novo site SONDA-ME. COM se estendesse um pouco mais que o recomendável. O vôo saía de Boston às 16:27hs e somente às 16:10hs é que eu estava entrando no portão de embarque.

Havia me esquecido da demora em embarcar nos vôos internacionais a partir dos Estados Unidos. Há todo um cerimonial a ser observado, como descalçar-se e colocar os sapatos nas bandejas, abrir a bolsa com o Lap Top e, no meu caso específico, abrir ainda a malinha que trazia, em razão de um brinquedo que eu não quis retirar da caixa - 16:18hs. A sorte foi que o acesso aos portões era a partir do no. 11, enquanto meu portão de embarque seria o 14. Cheguei a tempo.

Outro inconveniente: a aeronave era pequena, o que significava não haver muito espaço para bagagem de mão no interior, especialmente quando se é o último a embarcar! Diria que é uma sina essa minha problemática com vôos. Não há uma viagem tranqüila que eu consiga fazer, sem contar as coisas que acabo deixando para trás, mesmo depois de ter feito uma lista extensa e (quase) completa sobre tudo que preciso.

Descobri que preciso fazer um curso de inglês. Essa história de saber apenas “para minha sobrevivência” já me ensinou que posso precisar de um pouco mais que apenas sobreviver! Uma palavra que me foi dirigida por um funcionário, a quem não respondi por não entender corretamente. Uma instrução mal compreendida que me fez gastar $10 dólares a mais e, finalmente, o desejo de conversar um pouco com a companheira de viagem ao meu lado e o medo de “travar” a língua em uma construção mal feita ou um diálogo quebrado.

Encontrei o local do novo embarque, no avião que me levaria para São Paulo e ali estacionei. Ainda consegui falar um pouco com meus filhos Leonardo e Julie, embora descobrisse que o cartão de $10 dólares só me dá cinco míseros minutos de conversa. Ainda assim, precisei da ajuda de dois simpáticos mineiros (raros na América!) que me auxiliaram com a ligação. Claro que abstraí! Fiquei pensando justamente nisto: há pessoas que desejam falar, mas não sabem como fazê-lo! Há muitos que, como eu desejariam conversar um pouco, talvez apenas para passar o tempo, o intervalo de quatro horas entre a chegada a Washington e a partida para o Brasil.

Quantos se encaramujam em suas vidinhas pobres, pelo medo de não conseguirem expressar corretamente os seus sentimentos. Ou pior: não serem compreendidos e assim serem condenados pelos outros. Como é ruim não ter ninguém que nos compreenda! Como é angustiante não saber se expressar.

Por outro lado, que bom quando aparecem pessoas na hora “h”, como os mineiros da minha experiência, dispostos a não somente orientar, como completar eles mesmos a ligação.
Pessoas precisam de Deus. Pessoas precisam de pessoas...