terça-feira, 7 de julho de 2009

TODO LOUVOR!

Essa canção eu compus há muitos anos. Algo em torno de vinte e cinco anos atrás. Mas, como vocês podem ver continua absolutamente atual. A natureza continua linda, Deus continua digno de louvor e eu continuo satisfeito com a vida! Apreciem sem moderação!

(Produzido por Kalyna Brizuela. Filmado na Lagoa da Conceição, um dos mais bonitos cartões-postais de Florianópolis -SC)

O Rato Roeu a Roupa do Rei de Roma,

pois seus súditos
já estavam nus,
nada mais havia para se roer...
DEVANEANDO...

Às vezes entro em crise comigo mesmo. Não sei se estou sendo firme o bastante ou medroso o suficiente para celebrar a minha condição de humano, limitado e assustado com a vida, tanto quanto qualquer um. Acho angustiante ser certinho o tempo todo, controlando o que me habita, que nem chega perto disso. É ruim desempenhar papéis que não são meus, que não me cabem, a não ser que eu subjugue totalmente o que gostaria de fazer.

Dá vontade de puxar a corda do bonde, fazendo suas rodas soltarem faíscas na frenagem repentina. Enquanto todos no vagão se reequilibravam zonzos, em suas primeiras cenas de retorno me veriam descer da composição, ladeira abaixo – ou acima – em direção aos meus sonhos, enfartados por uma porção de coisas que não pedi para que me responsabilizassem.

Vejo o tempo escapando por entre os meus dedos e isso me abate a alma. Ergo-me da cama assustado: ‘meu Deus, mais um dia se passou, colocando-me a menos um do meu fim. Quem irá cuidar da minha poesia? Quem vai cantar minhas canções quando eu me for? Quem vai traduzir corretamente tudo o que significou esse saco de ossos, nervos e veias que atendia pelo meu nome quando chamado?’

Uma faísca de esperança nasce teimosa, lá no último cômodo da minha alma. Um vento qualquer e travesso pode apagá-la, tão frágil e delicada é sua chama. Não me provoquem! Posso apertá-la entre os dedos, sentindo a dor derradeira de sua queimadura quase insignificante. Depois, ergo-me e vou por aí... Procurando alguma poesia, escondida num canto qualquer e esperando por alguém tão desatento quanto eu, que nela esbarre sem querer...

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O SONHO DA CAMILE

Eram mais ou menos seis e meia da manhã. Eu estava acordado, ainda deitado e pensativo quanto aos movimentos daquele dia. De repente, ouço uma risada frouxa, gostosa, que vinha do colchão da Camile que dormia em nosso quarto. Minha cunhada estava passando férias com a gente e precisaria ficar em seu quarto com o bebê pequeno.

Fiquei intrigado com o riso da garota. Parecia estar tendo um sonho tão gostoso e engraçado, que sua mente interveio em seu corpinho, a ponto de fazê-la ultrapassar os limites e criar ruído. Aliás, é por causa de ruídos assim que nós os pais nos esforçamos todos os dias. Foi tão bom pensar que minha guria está tendo bons sonhos, sonhos engraçados, completamente diferentes daqueles que fazem as crianças acordarem aos prantos e gritando pela mãe.

Foi um sonho de um coração em paz. Que inveja...