Allison da Silva Ambrósio
É como se uma voz me atormentasse no íntimo
Cobrando as peças, obras, poesias
Que tenho o dever de escrever, falar, cantar
É como se minha alma se revirasse em seus gonzos
Levando-me ao delírio de temer a morte próxima
Que leva consigo os meus dons para sete palmos abaixo
É como se toda a luta empregada não bastasse
Todo o pedido formulado não se escutasse
E o corpo bambeasse entre o real desumano
E a desumanidade do sonho
E nesse burburinho de sons e cores
DE medos e ousadias
Encontro-me muitas vezes só
No abandono de uma mente atormentada
Viro-me de um lado a outro
Busco sentido na imprecisão da vida
Bocejo, espreguiço-me
E volto a dormir o sono da indolência.
2 comentários:
lindo! triste!
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