segunda-feira, 20 de outubro de 2008

DEPRESSIVO
Allison da Silva Ambrósio

É como se uma voz me atormentasse no íntimo
Cobrando as peças, obras, poesias
Que tenho o dever de escrever, falar, cantar

É como se minha alma se revirasse em seus gonzos
Levando-me ao delírio de temer a morte próxima
Que leva consigo os meus dons para sete palmos abaixo

É como se toda a luta empregada não bastasse
Todo o pedido formulado não se escutasse
E o corpo bambeasse entre o real desumano
E a desumanidade do sonho

E nesse burburinho de sons e cores
DE medos e ousadias
Encontro-me muitas vezes só
No abandono de uma mente atormentada

Viro-me de um lado a outro
Busco sentido na imprecisão da vida
Bocejo, espreguiço-me
E volto a dormir o sono da indolência.

2 comentários:

jubis disse...

lindo! triste!

Karen Tavares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.